13 de julho de 2012

Dia 14 é um dia especial....




Queria começar meu texto contando sobre o aniversario de minha filhona que será amanhã dia quatorze de junho. Não é possível começar nossa historia pelo meio, pois é muito linda, talvez alguns vão se assustar com o relato, porem não posso deixar pela metade o post de hoje.

Alguns sabem que quando tinha seis anos minha mãe e pai ainda estavam resolvendo o que iam ser depois que crescessem e eu já me destacava no mundo, minha madrinha tinha ataque de pânico quando ia lhe visitar, ficava o tempo todo atrás dela perguntando coisas que não cabia para minha idade saber. Um dia meus pais resolveram separar-se, meu pai alcoólatra sem responsabilidade alguma e minha mãe uma pessoa que vivia infeliz achando um culpado para sua infelicidade, nos espancava dia e noite, resolveu fugir.Minha avó sempre dizia que não era de minha conta e não poderíamos julgá-la Na confusão toda meu pai ficou descontrolado e foi internado e ficamos perdidos sem saber ao certo o que estava acontecendo, fomos distribuídos entre os parentes. Meu irmão mais velho com oito anos foi para casa de meus avós paternos, eu, a do meio fui para os avós maternos e o caçulinha com um ano, ficou aos cuidados de um tio irmão da minha mãe. Com oito anos de idade veio minha primeira menstruação e com o passar do tempo me cuidava sozinha, fiquei longe de meus irmãos por anos e nem me lembrava dos seus rostos de tanto tempo que ficamos separados. Sempre fui uma criança triste por não saber o certo o que havia acontecido, com treze anos apaixonei-me e logo apareci grávida para o desespero de minha avó, o circo estava armado, os comentários eram muitos, ele me trazia todos os dias dez choquitos, eu o amava muito e logo casei, claro que foi muita burocracia para casarmos e com cinco messes de gravidez casei , por longos dezessete anos fiquei casada, o juiz ficava olhando para minha pessoa, para minha barriga já crescida e para meu marido, ele no fundo estava assustado. Minha gestação foi bem tranquila, minha avó cuidava muito bem de mim e meu avô já havia falecido. Não fui uma grávida manhosa e estava bem feliz, pois enfim tinha a minha família. Quando veio às contrações fomos para o hospital a família toda, avó, sogra, marido, cunhados e um tio que nos visitava no dia, foi uma festa de pessoas em um hospital, claro que era madrugada e eu com muito medo do que me esperava. A parteira era um capeta de ruim, assim a chamava, queria furar minha bolsa com um ferro, sai correndo pelo corredor e pulei no colo da minha avó e quem disse que alguém me tirava de lá. O obstetra veio conversou comigo com todo carinho e levou-me até o quarto, fez o toque e descobriu que ela estava sentada, fiquei olhando sem entender o que significava que o bebe estava sentado, para ter certeza um enfermeiro me levou de cadeira de rodas até uma sala de raios-X, perguntei a ele se ia doer, pois nunca havia feito um raios-X em minha vida. Ele me explicou com todo carinho e paciência que seria igual a tirar uma foto, então deixei. Foi comprovado que a folgada estava sentada e se falou em Cesário e minha avó começou a chorar, fiquei apavorada, se não sabia o que era um raios-X imagine uma cesária.

O medico tranquilizou minha avó e garantiu que tudo ficaria bem. Então me levaram a sala de cirurgia, ultima coisa que vi foi o medico dizendo que me fizesse dormir e o pessoal pintando minha barriga de vermelho e apaguei. Acordei com uma dor horrível, sem saber onde estava não havia ninguém lá comigo. Arranquei o soro e foi sangue para todos os lados e as enfermeiras correram para me ajudar, amarraram meu braço a cama até que ficasse bem consciente. Mais tarde quando já estava bem com minha avó ao meu lado fiquei mais calma, foi quando o pediatra entrou em meu quarto e começou a dizer, sua filha ERA uma criança saudável, sua filha ERA uma criança sem algum problema, eram tantos Era que pensei que minha bebe estava morta e me descontrolei, aplicaram-me um calmante e dormi. Acordando novamente fiquei perguntando onde estaria minha filha, porque que ela não estava comigo, minha avó chegou ao meu lado e me acalmou dizendo que quando a mulher faz uma cesária a criança fica quarenta e oito horas no berçário para eles cuidarem dela e eu como acreditava em tudo que vovó falasse fiquei satisfeita com a explicação, mas as quarenta e oito horas foi que o medico deu para a vida da minha filha, ela havia ingerido muita água no parto e estava lutando com um infecção. Meu marido quase ficou louco, correu até a igreja e ficou por lá conversando com o padre e rezando, minha avó estava ao meu lado conversando e brincando para que não desconfiasse do que realmente estava acontecendo. E todos ficavam pensando que se acontecesse o pior como eles haveriam de contar-me. Lembro-me que minha avó pediu para que rezássemos e lhe perguntei do porque ela me disse pela vida e rezamos. Claro que minha guerreira se recuperou e veio para meus braços, ela era o neném mais lindo do hospital, não sou eu que disse foram as enfermeiras e elas tinham razão era a mais linda, quando a peguei pela primeira vez chorei, foi emoção ao extremo, estava muito frio e tirei toda sua roupa, olhei os pezinhos, o corpinho, as mãozinhas, estava perfeita, como havia sonhado. Meu bebe, minha boneca, tinha tanto ciúmes que não deixava ninguém pegá-la, quando alguém conseguia pegá-la de mim, sentia uma angustia queria ela comigo o tempo todo, há meus amigos apesar de meus quatorze anos que já havia completado, fui mãe como sou até hoje. Amanhã esta minha guerreira que já é mãe, estará fazendo vinte e oito anos e seu bebe tem sete anos. Crescemos juntas, brincávamos de casinha juntas, brigávamos como duas criança. Ops.... Eramos duas criança, seu nascimento me trouxe vida, aprendi com o erro de minha mãe em ser uma ótima mãe. Ensinei a minha filhona a ser uma mãe maravilhosa como ela é hoje. Ela é um pedaço do meu coração, a amo muito e faço qualquer coisa por ela, nossa vida teve altos e baixos, mas sempre estávamos unidas. Quando a Ana Gabriela nasceu foi ela que cuidou de nos duas, ela é meu porto seguro, é minha vida é o meu segundo amor.



Hoje ela esta longe e esta muito bem casada, tem uma família incrível ao seu lado, que é a família do meu genro. Sua sogra a ama, quase... Eu disse quase tanto quanto eu. Sou uma mãe super, hiper mega coruja, mas quem a conhece muito bem sabe que fiz um ótimo trabalho...


Hoje sou sua maior fã.
Meu amores
Meu neto João Gabriel
filhinha Ana Gabriela
filhona Ana Paula



Vamos prestigiar o Blog da amiga Elaine 


Ela esta participando do Premio Top Blog Brasil 2012. E precisa de nosso voto, então não custa nada ajudá-la para que ela receba este selo, quem a conhece sabe que ela merece e quem não conhece vai lá conferir, mas não deixe de votar. Ela é uma criatura admirável, lotada de boas qualidades, fora o seu coração que é lindo. Com certeza merece nosso apoio.